Internacional comemora 115 anos de fundação

Nesta quinta-feira (4), o Sport Club Internacional completa 115 anos de uma história digna de muito orgulho para a torcida. A equipe gaúcha surgiu em 1909 por três irmãos descendentes de alemães: Henrique Poppe Leão, José Eduardo Poppe e Luiz Madeira Poppe. Porto Alegre foi o destino de muitos imigrantes, não por acaso as raízes estrangeiras do clube.

Nas duas primeiras décadas, o Inter enfrentou crises esportivas e financeiras que ameaçaram a existência da agremiação. A mudança de chave aconteceu em 1927, com a primeira conquista colorada do Campeonato Gaúcho. Ao todo, o clube venceu 45 títulos e é o maior campeão gaúcho. 

Principais equipes do Rio Grande do Sul, Internacional e Grêmio apresentam uma rivalidade que os acompanha desde que foram fundados. Os confrontos, chamados de Gre-Nal, são marcados pelo forte desejo de vitória de ambos, em um jogo que esbanja beleza graças à contraposição de cores entre os colorados e os tricolores. Ao longo da história, já foram disputados 441 Gre-Nais, e o Inter leva vantagem, com 162 vitórias contra 141 do Grêmio, além de 138 empates.

Terminado o período de dificuldade vivido pelo Colorado, o clube alcançou o auge da sua curta história até então na década de 40. Com uma equipe apelidada de Rolo Compressor, o Inter foi dominante no Campeonato Gaúcho, vencendo as edições de 1940, 1941, 1942, 1943, 1944, 1945, 1947 e 1948, e formou ídolos como Tesourinha e Carlitos, que é o maior artilheiro da história da equipe, com 485 gols.

Nessa época, o Internacional mandava seus jogos no Estádio dos Eucaliptos, que abrigou partidas coloradas a partir de 1931. Conforme o clube se engrandecia, a capacidade dos Eucaliptos não comportava a torcida colorada. O estádio recebeu confrontos até 26 de março de 1969, data da última partida do Inter no histórico palco. Desde 1956, o Beira-Rio estava sendo construído e foi inaugurado em 6 de abril de 1969, na vitória contra o Benfica por 2 a 1, com gols de Claudiomiro, autor do primeiro gol da história no estádio, e Gilson Porto. Eusébio descontou para os portugueses.

Foi no Beira-Rio onde o Internacional mostrou sua força nos anos 70, com a conquista de três Campeonatos Brasileiros (1975, 1976 e 1979). Os títulos consolidaram a carreira no clube de Falcão, Figueroa, Valdomiro e Carpegiani, grandes ídolos da história colorada. Sem títulos para além das fronteiras do Rio Grande do Sul, o clube formou atletas de renome na década de 80, como Dunga e Taffarel, tetracampeões mundiais em 1994 pela Seleção Brasileira.

Em 1992, o time voltou a ser campeão de um torneio nacional: a Copa do Brasil, que havia sido recém inaugurada em 1989, na final contra o Fluminense. No primeiro jogo, os cariocas venceram por 2 a 1. Em casa, o gol de Célio Silva aos 43 minutos do segundo tempo garantiu o título vermelho e branco.

Nos anos 2000, o Internacional elevou sua grandeza ao nível sul-americano e, posteriormente, ao mundial. Enquanto o Grêmio já era bicampeão da Libertadores (1983 e 1995), a torcida colorada ansiava pela conquista da competição, o que veio em 2006. Comandados pelo treinador Abel Braga, os gaúchos se sagraram campeões diante do São Paulo. No primeiro jogo, no Morumbi, o time venceu por 2 a 1, com dois gols de Rafael Sóbis. Na partida final, Fernandão e Tinga marcaram no empate em 2 a 2 que garantiu a primeira Libertadores do Internacional.

Fernandão é um dos nomes mais queridos pela torcida e fincou seu posto entre os grandes ídolos como capitão no Mundial de Clubes de 2006. Após eliminar o Al-Ahly (EGI) na semifinal, o Colorado se viu diante do Barcelona (ESP) na decisão e sua equipe formada por Ronaldinho, Puyol, Iniesta e Xavi, treinada pelo holandês Frank Rijkaard. O jogo estava empatado em 0 a 0 até os 36 minutos da etapa final, quando Adriano Gabiru fez o gol mais importante da história do Sport Club Internacional.

Em 2008, a Copa Sul-Americana foi a conquista seguinte do Internacional, vencendo o Estudiantes (ARG)e tendo Tite como técnico. Na Argentina, Alex marcou o gol da vitória por 1 a 0. Na segundo e decisivo confronto, no Beira-Rio, os visitantes devolveram o placar no tempo regulamentar. Mas Nilmar, a sete minutos do fim da prorrogação, fez o tento da glória, que coroou mais ídolos do clube: D'Alessandro, Guiñazu, Índio, Bolívar.

Dois anos depois, a Libertadores voltaria a ser do Internacional. Daquela vez, o adversário na decisão foi o Chivas Guadalajara (MEX). Celso Roth foi o treinador do título, que teve início no jogo de ida no México. Giuliano e Bolívar balançaram as redes na vitória por 2 a 1. No Beira-Rio, Rafael Sóbis, Leandro Damião e Giuliano marcaram no disputado triunfo de 3 a 2, que assegurou ao Inter sua segunda conquista continental.

Além do sucesso no futebol masculino, o clube também é uma das equipes mais fortes no futebol feminino. Em 2022, disputou a final do Brasileirão Feminino, mas foi superada pela Corinthians. Enquanto lutam pelo título nacional, as Gurias Coloradas vêm conquistando o Gauchão - já venceram 11 vezes (1983, 1984, 1997, 1998, 1999, 2002, 2003, 2017, 2019, 2020 e 2021).

Para a temporada 2024, o Internacional fez investimentos consideráveis e está em busca de voltar a levantar taças no cenário brasileiro e sul-americano. Créditos: Ricardo Duarte/SC Internacional


Categoria:Esportes

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